2 de mar. de 2011

Decidir com a Emoção


Você já se arrependeu por decisões tomadas no fervor de uma discussão?
Tenho certeza que sim, pois você é um ser humano dotado de emoções. Não estou fazendo apologia a que você troque os pés pelas mãos, ou dando razão para que seja franco custe o que custar, mesmo que isso seja o desejo de quase todo mundo.

Todo pico de emoção tem um tempo para acabar, pois como a própria palavra diz: é um pico, é um ponto fora da reta. Em seguida, voltamos à normalidade, voltamos à razão. E aí, como fica esta decisão tomada num estado alterado da emoção, onde relevamos a nossa inteligência emocional para um segundo ou terceiro plano? Logo vem o arrependimento, vem a culpa. Mas pior, sim, pior que uma decisão tomada com emoção, é a falta de humildade em reconhecer o erro. Ficamos dando voltas atrás do rabo, tentando remendar e justificar, dando falsas razões a nossa inteligência (ou falta dela).

É preciso entender que o tempo para respirar, dar uma voltinha para um café, deixar para o amanhã uma decisão, é quase uma utopia. Utopia? Sim, é uma utopia, pois estamos drogados no imediatismo, na velocidade da informação. Atualmente, nós até desconfiamos de quem faz parte do mercado de trabalho e que não utiliza no mínimo duas dessas ferramentas: email, Twitter, Orkut, Facebook, Linkedin, Smartphone... E o que vem a ser isso? Rapidez no processamento de informações, frente ao estado emocional em que nos encontramos.

Só que temos que lembrar que o ser humano é um todo, é holístico, é mental, espiritual, físico e emocional. Conheço pessoas que deixaram de galgar cargos mais elevados em corporações, pela total falta de habilidade em enfrentar situações adversas. Conhecemos jogadores de futebol que tiveram suas carreiras abreviadas por “perder a cabeça” em momentos decisivos, e tendo o mesmo comportamento em sua vida privada, casais têm acabado com relacionamentos de anos, por discussões praticamente “bestas” que num estado normal não passariam de um simples mal-entendido.

Qualquer desequilíbrio provoca uma reação adversa, e dependendo do grau de complexidade da decisão, o resultado pode ser uma grande dor de cabeça para os próximos anos. Quando você estiver alterado, quando estiver num momento de estresse, faça esta pergunta para si mesmo: ¨- Esta decisão que estou tomando terá reflexos na minha vida nos próximos 3, 5 ou 10 anos?¨

Portanto vale sempre a pena buscar a razão e refletir sobre o correto momento de decidir. Afinal, tomar uma decisão é como assinar um contrato: depois de assinado, temos deveres e obrigações. Não coloque a corda no seu pescoço, pois isso é uma questão de inteligência emocional.

Seja feliz. Você pode. E merece.